quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

poema de fim de ano

Inevitável balanço
Atravessa minha cabeça
Enquanto me beija o vento.


O Sol já de partida
Ainda aquece meu corpo
E penso:


2011 foi tudo
Dor viva
Lágrimas surdas
Certezas rompidas
Saradas feridas.


Então lembro:
Quando me dispus a andar sozinha
Recebi o melhor companheiro de corrida.


A Benção do amor me brindou na saída
2011
Devolveu minha vida.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

pós sol

esqueci dos pactos
assinaturas
contratos:

meu amor por ti
é fato.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

processando

armário cheio
de toalha
e certeza.

mãos queimadas no fogo
vaidade posta na mesa.

bofetada surda
inesperada
ouvido cego
clareza safada.

cada jura
hoje piada.

tanta falta de espelho
acaba em facada.

trair um amor
é tiro no pé.


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

sem nome

não há traição
que fique escondida:
o tempo mal tapeia
a sua saída.

não segura
a curva da vida.

o que o corpo esconde
o papel registra.

o que a boca omite
o sangue escancara.

devolvo o brinde
jogo na sala.


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

no direito e na vida - reflexões acadêmico-amorosas

Será o princípio proteção da confiança aplicável às relações amorosas?

Os efeitos de um amor que se revela inválido devem ser mantidos porque um dia se acreditou na sua aparente validade?

Ou a revogação – em nome da legalidade da alma – é a melhor saída?

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

milagre

fios soltos
linhas perdidas
vazio no ninho
turbulência
redemoinho.

pequenos tropeços
grandes trapaças
até isso
na vida passa.

tiro o peso do meu
pela luz do teu sorriso.
desligo a tomada da dor
quando durmo no teu.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

zuzuspiro

já não durmo
sem teu beijo.
é tu que fazes
boa minha noite.

também meu dia
não vinga
sem parada no sinal
onde cultivo afagos
de um amor real.

dois dias sem ti
é muito pra este coração
que aprendeu a sorrir.

sábado, 8 de outubro de 2011

rai cai do espelho

Pra separar
Tem que juntar/
Pra entender
Precisa saber.

Muito querer
Enxergar/
Teu papel no mundo
E o que ele te dá.

domingo, 25 de setembro de 2011

fun fun

chegou enfim
futuro sem fim

cada passo dado
alguns lentos
demorados

cada noite acordada
chorando na calçada

todos os dias que passei
tempo passado
me trouxeram pro futuro
sem tropeço
sem trapassa

fluidez de sentido
alma em paz

se hoje eu morrer
já fui feliz.


domingo, 11 de setembro de 2011

setembro

uma lua bem cheia
me trouxe setembro

arrancando de mim
com pressa e açúcar
suspiros sem fim

pedido atendido
sobremesa?
por conta da vida.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

setembro chegou

nítida lembrança:
beijo na calçada
risoto e risada.

bochecha corada
barriga revirada.
não é o vinho
que me embriaga.

doçura inesperada:
eu quero mais.



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Enfim...: leve

Enfim...: leve

leve

ficou lá atrás meu engano:
bússola falsa
âncora de pano.

olho pra frente
sem plano.

leveza surgiu
água brotando no cano.

cada dia é uma porta
e eu vou passando...



terça-feira, 23 de agosto de 2011

ao som de manhã de carnaval

Enxerguei a porta
Saída que tanto apontavas.
Juntei meus cacos
E tralhas.
Um dia mocinha
Hoje paixão.
Separação sempre foi
A nossa canção.

sábado, 20 de agosto de 2011

sem dor

O amor
Foi também
Desamor.
Desapego
Gelo
Desassossego.

Ausência
Tango ardido
Inapetência.

Amordaçada
Eu ficava
Sem voz
E sem cor.

Agora
Não tem sofrimento
Porque não tenho dor.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

rai cai do caos

No mês de julho
Foi demissão.
Agosto veio rompendo:
Chuveiro frio
Divórcio
Farol queimado
Clonagem de cartão.
Rai cai
Do caos
Caio
E levanto do chão.


segunda-feira, 25 de julho de 2011

mais uma vez, o amor

desperto meu amor
com o silêncio.

manhã não irrompe
sem meus ruídos.

dorme ao meu lado
calor repetido.

nada é mais doce
que laranja partida.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

nem bolha no pé me segura

vingança calada
bumerangue correndo:
curva fechada.

cansada cabeça
moída na carne
alma completa
paixão lavada.

cada dia me cura
caminho no tempo
nem bolha no pé me segura.

domingo, 17 de abril de 2011

couro ecológico???

se tem uma coisa que me irrita - e muito - é a falsificação da verdade. estava eu procurando um cinto. antes de escolher um da exposição, perguntei em uma loja se era couro. e ouvi o seguinte: "é couro ecológico, tem couro na composição dele." como assim??? pedaços de couro moídos com algum material sintético e repulsivo? pra mim, couro só existe um: aquele feito da pele de animais que passou por um tratamento para virar algo vestível. assim, qualquer coisa que não seja feita pele de bicho tratada, é qualquer coisa, menos couro. é imitação de couro, mas couro não é. lembrando da minha amiga ana paula, só me ocorre um pensamento: "me engana que eu gosto."

domingo, 10 de abril de 2011

um só


volta e meia

volto.

da calmaria

pra escrita.

dançar é raridade

que a(s)cende vaidade

desperta o corpo

mata saudade.


um ciclo fechado

sem pôr fim

trato renovado

olhar pra frente

comer o passado.


meu amor é um só

e ponto.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

PUBLICADO MEU 1º LIVRO: RESERVA DO POSSÍVEL e a efetividade dos direitos sociais no direito brasileiro.
Editora Livraria do Advogado.
JÁ À VENDA NAS MELHORES CASAS DO RAMO.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Já houve um tempo
Não desfazia a mala:
Deixava-a num canto
Esperando o pior.


O momento em que entrarias com o pé
E eu com a bunda.


Bunda que na cama
Eu virava pra ti:
Protesto físico.


Não te estendia meus braços
Não cheirava teu peito:
Dava de costas
E dormia.


Agora, não tenho cantos
Nem malas.
Apenas
Teu cheiro
Teu peito.