perder um amor
é pior que morrer.
é ter que seguir a vida
com o peito vazio
escondendo a ferida.
noites e dias
sem sentir o teu cheiro
e a tua saliva.
usando a razão pra explicar
o que não tem explicação.
buscando outras peles
sem nenhuma paixão.
te vendo dobrar a esquina
só no verniz dos meus olhos.
tomar banho sozinha
na imensidão do chuveiro
da banheira vazia.
mas a vida é mais forte
e sempre encontra um jeito
de brotar no asfalto
por fora
e por dentro.
sábado, 31 de janeiro de 2015
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
afagos avulsos
equilíbrio abalado
encontro forjado
na forma e no modo
virtualidade mundana
na sombra e no drama.
por pouco artifício:
não fosse a vida
generosa e hábil
largando suas pistas.
sincronia do instante
se apresenta sorrindo
quando largo o volante.
afagos avulsos
sussurros no escuro.
apuro o ouvido
colho conselhos
enfrento meus medos.
recupero o silêncio
me recolho
reconheço
escuto apenas
meu próprio desejo.
encontro forjado
na forma e no modo
virtualidade mundana
na sombra e no drama.
por pouco artifício:
não fosse a vida
generosa e hábil
largando suas pistas.
sincronia do instante
se apresenta sorrindo
quando largo o volante.
afagos avulsos
sussurros no escuro.
apuro o ouvido
colho conselhos
enfrento meus medos.
recupero o silêncio
me recolho
reconheço
escuto apenas
meu próprio desejo.
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
pós-festa
sala vazia pós-festa
ressaca entrando
por todas as frestas.
escada abaixo
passam os dias
recalques
descasos.
recolho latas
de risos e faltas.
revejo os passos
na pista de dança
no frio do asfalto.
murcha qual balão
sem tesão e sem ar
sozinha no salão.
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