quinta-feira, 15 de setembro de 2016

numa piscada
eu tava no chão:

agonizando no asfalto
me refazendo do não.

parada obrigatória da vida
que não brinca em serviço
e te aponta a saída.

engessada
aturdida
meio mocinha
meio bandida.

tanto tempo comigo me obriga
a olhar-me de dentro
em meio às cinzas.

reviro brinquedos
remexo feridas.

cada defeito
é uma pista.


sexta-feira, 13 de maio de 2016

maio

dias de tormento
reais e concretos
dias de agonia
dias incertos.
 
dias inteiros
de espera em silêncio.
de driblar a espera 
no meio do peito.

dias de extremos
de humores cáusticos
de soluços de pena.


não há conclusão no debate
se o jogo tá ganho
ou se deu empate.


só o tempo que sabe
o que guardo no corpo
escondido em disfarce.


sábado, 16 de janeiro de 2016

existe amor em sp

pode
eu deixo
roça teu corpo em mim
arranha meu queixo.

porque tudo em ti
é pureza
carinho respinga dos olhos
afasta sombras
e incertezas.

porque as horas fluem
igual cachoeira.

tuas histórias me inundam
transbordam barreiras.

porque tuas cores me encantam
abrem clareiras.

porque tua voz me beija
me afaga no escuro.

acorda em mim
o melhor dos meus mundos.