segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Espiando no escuro
Idolatrando um ídolo
Agora partido.

Repasso planos
Sonhos rompidos.

Já sei das festas
O final.
Corpo embriagado
Refúgio moral.

Tem lugar na minha cama
Pro bem
E pro mal.

Dividida na espera:
O doce do amor
Ou a putaria sincera?

sábado, 14 de novembro de 2009

Então, o que me inspira?

Uma foto feliz
De um final de semana
Que criou raiz.
Pra depois apodrecer
E virar adubo
Pra outra planta crescer.

Pequenices do dia
Caminhadas distraída
Esquecendo do salto
Silenciando a batida.

Uma música antiga
Com cheiro de mofo.
Sabor de um tempo
Em que se abraçava o vento.

sábado, 7 de novembro de 2009

garoa não é tempestade

Garoa não é tempestade
Molha aos pouquinhos
Pela metade.

A mim encantam as chuvas fortes
Que em poucos minutos
Alagam a cidade.

Já sei o que sinto
Deve ter sido a idade.
Nada de nuvens
Cobrindo a vontade
Não me engano
Na minha saudade.

Se desvio o caminho
Dou meia volta
Não faço de conta
Que estava na rota.

Teatro, gosto no palco.
Não fujo de mim:
Sei onde arde.

Meu desejo é vivo
Pede um beijo
No fundo da alma
Com toda verdade
E nenhuma calma.