quarta-feira, 5 de junho de 2019

26 de setembro de 2018

é na tristeza que escrevo
palavra a palavra
minha dor gotejo.

é catar-se em letras
estômago revirado na caneta
criatividade
escorrendo da sarjeta.

nada brota 
entretanto
nos dias de "nem tudo"
"nem tanto".

no equilíbrio
silencio
fico fora de mim
observo a calma
tento reconhecê-la:

prima distante
que veio da cidade grande.

agora, de novo, capturo mais um monstro
barreira, atoleiro, buraco, fosso.

esse medo monstro 
de repetir o vazio
ressentir abandono.


então nem começava
no lugar de acelerar, freava
no lugar de viver, travava
no lugar de amar, calava.