quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O reencontro

O passado volta
Volta e meia
Traz consigo um recado
Daquilo que deu errado
E fica sempre a dúvida: e se a gente tivesse tentado???

Eu quis amar mas tive medo
E quis salvar meu coração
Mas o amor sabe um segredo
O medo pode matar o seu coração
Água de beber
Água de beber, camará
Água de beber
Água de beber, camará
Eu nunca fiz coisa tão certa
Entrei pra escola do perdão
A minha casa vive aberta
Abri todas as portas do coração
Água de beber
Água de beber, camará
Água de beber
Água de beber, camará
Eu sempre tive uma certeza
Que só me deu desilusão
É que o amor é uma tristeza
Muita mágoa demais para um coração
Água de beber
Água de beber, camará
Água de beber
Água de beber, camará

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

I feel so sad, I feel so blue


Hoje conversava com um amigo muito querido, e ele me disse uma coisa muito verdadeira: tudo tem um preço.
Esse é mais um daqueles clichês que a gente ouve, ouve, até que um dia se encaixa...
Falávamos da minha exigência em relação à vida, às pessoas, aos relacionamentos, etc. Ele me dizia que não suporta ficar sozinho, e eu não suporto ficar acompanhada se não for muito bom. É essa minha mania de querer sempre o melhor!
Além disso, não consigo fazer aquele joguinho de mulherzinha burrinha, frágilzinha, desamparadinha...Óbvio que eu também sou sensível, mulher, tenho meus dias de carência, choro quietinha e preciso de colo. Mas não sei fingir, sou muito feliz na minha companhia: não preciso de rede de proteção.
Eu quero é abraço sincero.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Miséria

Agora há pouco fui no supermercado e fiquei olhando as revistas no caixa. Ainda não consigo acreditar que na capa da Caras estava uma foto do enterro do bebê da Sheila Carvalho. O título era algo como: "Sheila Carvalho enterra seu bebê." Confesso que senti náuseas. Não imagino nada mais bizarro...
Que época miserável é esta que estamos vivendo?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

"Telemerketing"

Todo mundo passa por isso: toca o celular e no visor aparece um número confidencial. Do outro lado uma pessoa fala contigo com ares de intimidade, e vai te fazendo mil propostas. Às vezes, são operadoras de telefonia, outras vezes, algum amigo da onça foi quem forneceu teu número, e te oferecem limpeza de pele, cursos de inglês a jato, ou algo de igual importância.
Agora o que mais me irrita mesmo, é o português escorreito e o tratamento usado pelos operadores de "telemerketing": "Senhora Fabiana, vou estar transferindo a ligação. Obrigada por aguardar, Senhora Fabiana. Só mais um momento, Senhora Fabiana. Vou estar conferindo seus dados. Qual o número do seu CPF Senhora Fabiana? Obrigada, vou estar registrando seu pedido, Senhora Fabiana. A operadora tal agradece..." É uma grosseria, eu sei, mas geralmente nem deixo a moça de voz anasalada terminar a frase.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Drama auf Deutsch

Ontem fui assistir “A vida dos outros”, um filme alemão que se passa na antiga DDR. A opressão dos personagens sai da tela, e é impossível não participar do drama. Eu senti uma angústia o filme inteiro.
Vários aspectos são interessantes. Um deles é a já famosa precisão alemã: a capacidade de organizar e sistematizar tudo, pro bem ou pro mal. Outro ponto é que o filme - e todo aquele período entre 1961 e 1989 - mostram o quanto o George Orwell estava certo: ali aparece uma mistura de 1984 e de A revolução dos bichos.
Além disso, a Martina Gedeck, minha atriz alemã preferida, esbanja charme! Pra quem ainda não viu, eu recomendo Simplesmente Martha.
Mas o que mais me impressionou, positivamente devo dizer, foi a capacidade de amor que estava escondida ali no membro da Stasi. E isso é um grande alento pra mim, saber que mesmo em épocas de grandes atrocidades, algumas pessoas mantêm a sua condição de ser humano intacta.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Esquecimento


A maior injustiça que Deus fez comigo foi a de esquecer de me dar uma voz como a da Nina Simone...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Hoje é dia de festa

Hoje é sexta-feira! É um dia que por si só já tem uma aura pré-festiva.
Eu sempre adorei sexta-feira, mesmo no semestre passado, em que eu passava essas noites preparando aulas que seriam dadas no sábado, num horário em que poderia estar dormindo...
Minha natureza rebelde, contudo, só se alegra com mais um passeio contra a maré!
Toda sexta-feira traz consigo uma espera: pela noite, pelo chopp, pelo sábado, pelas promessas, por um pouco mais de vida.
Vida não falta, e, mesmo assim, há espaço pro tédio. Eu diria que o tédio é a pausa necessária pra não sobrecarregar todo o sistema...É preciso parar o corpo, já que as idéias não têm freio.
Era isso.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

In meinem Kopf


Tédio vai, tédio vem
Às vezes me perco
Na minha cabeça
E demoro pra achar a saída

Foto: Colônia de Pescadores Z3, em Pelotas.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

"Todo se transforma"

Tenho pensado bastante na distância que passa a existir entre pessoas que já foram muito próximas. Observo, com alguma melancolia, os processos naturais da vida, de mudança, de transformação, e, mesmo sabendo que isso não só acontece, mas é realmente preciso que aconteça, fico um pouco triste.
Ao longo da vida são poucas as pessoas que ganham uma grande importância na nossa vida, não porque elas sejam especiais, mas porque damos a elas esse destaque, merecendo ou não. Essas pessoas vão mudando, assim como nós também já não somos mais quem um dia fomos. E chega um momento em que só restam lembranças (cada um com as suas), e um grande estranhamento...
Era isso.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Navegar é preciso

"O barquinho vai, a tardinha cai..."
Essa foto fiz no retorno de um passeio de escuna pelas Ilhas do Frade e de Itaparica.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Dia 1 - Parte 2

Comigo acontece um fenÔmeno que até me assusta: toda vez que olho pro relógio está marcando uma dobradinha. Explico: 21:21, ou então 12:12, 17:17. É assustador! Parece que cada hora repetida traz um mensagem de alguma coisa misteriosa...Que doideira, né? Se alguém tiver uma explicação, por favor, não deixe de mandar.
Prá encerrar, quero agradecer o carinho dos amigos mais queridos pelas palavras que me dedicaram no dia de minha estréia.
E para o grand finale, registro essa pérola, que vejo como uma das mais visionárias de todos os tempos:
" Aqueles que nunca choram ou choram muito pouco, acabarão apodrecendo em vida." Nelson Rodrigues.
Eu choro.
Era isso.
Estreando
Ontem a Martha Medeiros escreveu sobre flexibilizar e mudar, mostrando o quanto isso é importante pra gente seguir em frente. Porque ninguém vai adiante se não mudar nada nunca. E aí lembrei de uma frase que li há poucos dias no livro do Rabino Nilton Bonder, A Alma Imoral: "A transgressão das próprias convicções é essencial."
Antigamente eu diria que foi apenas uma coincidência, isso porque eu já fui racional, cética, cínica e até mesmo um pouco pessimista. Calma, não virei nenhuma Poliana, mas me permiti me transformar. E estou adorando!
Nesse ritmo de descobertas e de quebras de antigas convicções, resolvi criar este blog. Pro Orkut não volto (hoje), mas um blog parece uma idéia feliz . Eu gosto muito de escrever, e, além da minha mãe, há quem diga que eu tenho algum talento. Esse aspecto, contudo, é irrelevante. Eu quero escrever. Ponto.
E o tema hoje é esse, quebrar as próprias verdades. Acho que será divertido ler eventuais comentários.
Era isso.
Ah! Já que o tema é esse, resolvi fazer uma escova progressiva...