sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

reflexões de fabiana

Os últimos dias foram de euforia. A minha primeira publicação mostrou-me uma série de coisas importantes. Dentre elas, quem são as pessoas capazes de vibrar com uma conquista que não seja sua (e quem não vibra, via de regra, é porque também não conquista nada). Mostrou-me aquelas que nunca me deram bola, mas que agora quiseram tirar algum proveito dos meus mínimos minutos de fama...
E o mais importante: mostrou-me o silêncio. O silêncio daqueles que não tem nada pra dizer, ou não querem, ou simplesmente não conseguem.
Tenho cá pra mim (eu, ser tagarelante) que os silêncios são muito mais reveladores que as manifestações efusivas, mesmo as mais sinceras. A palavra calada sufoca, omitir sentimentos é criar a própria armadilha. É como nunca chorar. E o Nelson Rodrigues já dizia: “Aqueles que nunca choram ou choram muito pouco, acabarão apodrecendo em vida.”
E sobre tudo isso dá pra divagar longamente.
Só mais um pouquinho então! A vida tem me ensinado (e eu adoro aprender) que o risco é sim necessário. Não dá pra se esconder, tem que dar a cara a tapa. Azar de quem te ache maluco. As pessoas criticam iniciativa com muita facilidade; geralmente os criticantes não fazem p...nenhuma por si mesmos, borrados de medo de se expor, de aparentar alguma fragilidade. Tem gente que tem medo de ser gente.
Prá encerrar, preciso fazer um mea culpa e tentar aliviar a indignação que senti com a cena que vou contar agora. Lá vinha eu, unhas dos pés recém pintadas, andando de Havaianas nas imediações do HPS, quando vi que um “tigre” aproximou-se de um rapaz aleijado, todo tortinho, que andava de muletas, com dificuldade. O aleijado tinha duas sacolinhas de super penduradas na muleta. O cara de pau de encostou nele, falou alguma coisa, pegou as sacolinhas e saiu andando. O cara roubou um aleijado!!! E eu andando mais atrás, fiquei abobada, não gritei, não corri. Fico tentando justificar pra mim mesma, o que eu poderia ter feito? Já estava escuro, o cara podia ter um canivete, uma faca, sei lá. Fiquei com tanta raiva, que desejei ser homem (esses rompantes só a testosterna permite), e ninja, e sair correndo pra dar uma voadora na cabeça do ladrão, que nem em filme, sabe? Fiquei torcendo pra ele ter uma diarréia no meio da rua. Mas nem assim me senti menos pior com o que vi.

Um comentário:

Anônimo disse...

"criticantes" onde cê tirou essa porra dessa palavra ô diabo?