quinta-feira, 29 de maio de 2008

Eustáquio

Na época eu morava em Pelotas e freqüentava, religiosamente, a loja Studio CDs, onde o Rogério, o vendedor, me atendia barbaramente. Trocávamos idéias sobre música e ele sempre me indicava coisas novas.
Um dia cheguei lá querendo algo de novo, e ele me apresentou a Joss Stone. Não levei muita fé, tão jovem e tão branca... Então o Rogério esqueceu do meu gosto? Mas pedi pra ouvir o cd, não custava nada afinal de contas.
Ajustei os fones na cabeça e aquela voz quase sussurrante da Joss invadiu meus tímpanos com “Choking Kind”. Algo se acendeu em mim, fiquei emocionada. De repente a vida ganhara um novo brilho. E tive a idéia de ligar pro Eustáquio.
O Eustáquio era um carinha que eu conhecia desde a época do primeiro grau. Apesar do nome esquisito, ele sempre foi dos meninos mais apetitosos do colégio, daqueles que a gente só deseja, de longe, porque só as gurias do segundo grau (loiras, lisas e lindas) ficavam com ele.
Pois bem, nada como o tempo pra gente aprender a se sentir loira, lisa e linda, mesmo sendo morena e crespa (mas igualmente linda). Um dia encontrei o Eustáquio perdido num bar, aquela coisa, e ficamos conversando longamente. Até que rolou uns beijos e uma troca de telefones. E eu acabei na Studio CDs ouvindo Joss Stone.
Liguei pra ele sim. Saímos pra tomar um vinho. Ele me achou metida porque eu entendia muito mais de vinho do que ele...
Então vá Eustáquio, agora eu tenho a Joss!!!

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