domingo, 26 de maio de 2013

na janela, vizinha

bem sei que não podias me supor densa
assim como ainda não sabes
(saberás em instantes)
que eu ainda menina
te admirava da janela
naquela casinha de esquina.

era eu tua vizinha
morava na frente
da casa onde um dia
se vendiam revistas.

espiava curiosa
um grupo de estudos
frequentado por mestres
da academia e da vida.

sonhava contigo
antes
bem antes
de ir a casa de bruno
onde menos menina
(mas ainda perdida)
te ouvia fumar
e andar bem acima.

pouco entendia
me deixava voar
nos hormônios da idade
nas curvas vadias.



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