sábado, 15 de junho de 2013

sem sangue

já entreguei o que tinha
alma e sangue
amor de rainha.

exausta 
vazia
varri todo o sangue
(assim me disseram)
morta a galinha.

é pra cá que venho
lavar as feridas
lamber as angústias
beber despedida.

nada há hoje
que eu possa dar.

mas peço 
(já com vergonha)
casulo
e calma.

de dia ironia
à noite
tristeza
mel no colo
poesia.



Nenhum comentário: