já entreguei o que tinha
alma e sangue
amor de rainha.
exausta
vazia
varri todo o sangue
(assim me disseram)
morta a galinha.
é pra cá que venho
lavar as feridas
lamber as angústias
beber despedida.
nada há hoje
que eu possa dar.
mas peço
(já com vergonha)
casulo
e calma.
de dia ironia
à noite
tristeza
mel no colo
poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário