sábado, 23 de agosto de 2008

caixa de amor

Recebi uma caixa
Surpresa de amor
Amor que não passa.

Fica guardado
No tempo e no espaço
Esperando a hora
De dar novo passo.

Renovo meus votos
Refaço a promessa
De amar sem demora
Sem nem uma pressa.

Sorrio sozinha
Lembrando amor
Que trago guardado
Ansiando a visita
Que chega em breve
Da cidade vizinha.

2 comentários:

Anônimo disse...

...e a curta distância tornou-se enorme pelo tamanho do que ficou......

Anônimo disse...

Hoje eu encontrei
Um velho retrato seu
Por onde andarão os olhos
Que uns dias foram meus

A rua sem você
Vazia é quase nada
Escura suja e triste
Recordação maltratada

Bêbado, rouco e louco
Eu danço entre os carros
Na marginal congestionada
Grito blasfemo
Paixão e ódio
Mágoa despeito
Uma mulher não vale nada

E os dias passam sedentos
Nessa imensa mesa de bar
Copos vazios
Que brindaram saúde
A quem não me quer mais
Não me quer mais

*"Toma um fósforo
Acende teu cigarro!
O beijo, amigo,
É a véspera do escarro
A mão que te afaga
É a mesma que te apedreja
Se alguém causa ainda pena a tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra na boca que te beija!"

*Versos Íntimos
Augusto dos Anjos (1884/1914)