domingo, 17 de agosto de 2008

chuva de domingo

Deixo a chuva do domingo
Tomar conta do meu dia.
Nada quero
Apenas preguiça
melancolia sorrateira
que espreita meus passos
agarrada na soleira.

Momento- digestão
Das flores e dos sapos
Engolidos sem perdão
Em minutos ligeiros
Sem repouso
e sem tensão.

Domingo é dia
De cultivar a tristeza
Mandar embora a euforia
A pressa e a certeza.

Pequenos enganos
Esquecidos pelo chão
Quero vê-los longe
Da verdade e da razão.

Segue a chuva
Pingo a pingo
Gotejando sem pesar
Mais um dia de domingo.

Um comentário:

Anônimo disse...

aham!! excelente para este domingo...