segunda-feira, 6 de outubro de 2008

PLANTA DE SOL

Sou daquelas plantas
Que se molha com freqüência
Preciso do sol sem medida
De calor e de dormência.

Não sou de me deitar
Em grama seca
E sem par.
Prefiro o barulho das ondas
O molhado do mar.

Tudo em mim transborda
Em mau humor ou risadas:
Palavras ou letras
Encontram a porta.

Pareço ter empacado
No meio da tempestade
Só aceito inteiro
Não me ofereça metade.

As não realizadas
Fantasias do dia
Passam para a noite
Em forma de poesia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Maravilhoso!! Suave e delicado.Parabéns!

Anônimo disse...

A sublimação das fantasias em poesia, novela, romance é muito bonito e em certas situações, o mais indicado. Porém, prefiro o pacífico porto seguro do que o "Pareço ter empacado, no meio da tempestade..."