quarta-feira, 1 de outubro de 2008

comum

Não me tomem por poeta
Sou apenas alguém
que se dispôs
A deixar uma fenda aberta.

Gosto mesmo
É de brincar com as palavras.
Ventilar idéias.
Contar minhas farpas.

Pretendo com as letras
Tirar algo mais
Colorir a melancolia
Que acompanha as rotinas.
Impor o meu tom
À luz de cada dia.

Se alguém com isso se encanta
Muito me alegra
Pouco me espanta.

Se produzo algum arrebatamento
É por mostrar a verdade
Da simplicidade ordinária
Do meu sentimento.

É por ser imperfeita e comum
Que encontro eco
Nos ouvidos de quem
também
É apenas mais um.

2 comentários:

Fantini disse...

Estão se embebendo em balsamo;
menos açúcar, alguma fermentação
clausura hermética e tempo.

Aos poucos,
vem subindo o malte.

Anônimo disse...

adorei minha amiga poetiza........bjus Marcia