domingo, 8 de fevereiro de 2009

28 de janeiro de 2009.

Lendo “Um Spa na Índia”, da Luciana Tomasi ocorreu-me um pensamento quando ela comenta o baixo índice de divórcios na Índia, apesar do fato dos casamentos serem “arranjados”. Tentando entender como pode dar certo um casamento entre pessoas que não se conhecem, enxerguei um viés de possibilidade: dá certo porque as pessoas entram nessa nova vida sem expectativas. Certamente o que mata (ou sufoca) um casamento – e qualquer relação – são as milhares de expectativas que carregamos junto com os CDs e a escova de dentes. Não bastasse isso, jogamo-as nas mãos do parceiro, qual batata quente. Expectativas quanto a situações com as quais nem nós sabemos lidar! Esperamos maturidade porque somos carentes nesse ponto.
Então, num casamento entre desconhecidos, sem falsas promessas, sem memórias do namoro (que muitas vezes só servem pra frustrar o casamento) qualquer fato agradável será visto como lucro.
Naturalmente que esta é uma leitura romântica, mas afinada com a minha proposta particular de talvez encontrar beleza em tudo que eu acreditava ser feio.

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