segunda-feira, 16 de agosto de 2010

lendas urbanas

Foi aquela minha conhecida que fazia bio-dança na década de 90 que me contou. Parece que entre os apreciadores tá rolando um novo conceito, um lance de acompanhar as mudanças do novo milênio, ética ecológica, terceira onda, blá, blá, blá...
Pois então, antes a galera corria pra Lanchera e pedia de cara um x-bacon com ovo e uma coca normal. Na saída, invarialvemente, comia um negrão (já viu o tamanho do negrinho da Lanchera?) e nos dias mais punks pedia uma barrinha da Nestlé pra levar.
Em casa, as opções eram muitas: goiabada com queijo, sorvete de creme com calda de chocolate (derretido no micro), pão preto mofado com geléia de morango, restinhos de cassata da festa de ontem, torrada de chocolate com queijo, creme de leite misturado com Nescau e açúcar, ou mesmo apenas uma barra de chocolate.
Disse a guria que o arraso do momento é a neolarica. O cara come duas bergamotas, uma laranja, duas bananas e - se bobear, um cacho de uva (dedo de dama!!!).
Reza a lenda recém-nascida, que além de ser uma postura afinada com o meio-ambiente, estimula o intestino, e por isso vem sendo adotada como tratamento alternativo para doentes de prisão de ventre crônica.
Também deu uma força pro vegetarianismo e etc., que alcançou um prestígio até então desconhecido. O consumo de frutas aumentou de tal modo, que já tá rolando um boato de que a feira ecológica (tradicional de sábado) vai funcionar todos os dias; mas parece que a prefeitura tá com dificuldade de encontrar um local sem ter que desapropriar alguma área (certamente) já ocupada por posseiros.
Segundo relatos do pessoal do teatro, o mais incrível é que quando os neolariquentos se juntam com o pessoal das antigas, rola maior pressão; os adeptos da neolarica fazem cara de nojo com desdém quando ouvem alguém sugerir: “ Um chocolatinho?”.
Quanta intolerância!!!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

o ócio criativo e o cenário espontâneo

leia-se: o tédio começou a pegar a convalescente.

domingo, 8 de agosto de 2010

enganada

em raros momentos, deixo de escrever isso que chamam de poesia pra manifestar alguma indignação.
pois a indignação de hoje certamente não será entendida pela grande maioria do porto-alegrenses. pouco me importa, essa cidade vive de enganos mesmo... (visite: http://wwwmeenganaqueeugosto.blogspot.com)
ontem tentei almoçar num famoso restaurante tipicamente italiano, já sonhando com uma sopa de capelletti pra começar, e depois, um spaghetti com polpetta (aliás, quando meu consorte falou polpetta, a moça que nos recepcionava murmurou um 'hã?', revelando não fazer a menor idéia do que se tratava).
já na chegada nos deparamos com aquele tumulto clássico dos famigerados buffets livres. ai meu deus, as pessoas acham bonito pratão cheio! variedade! quantidade! façam fila! pode comer à vontade! (e depois, dê-lhe lipo).
mas tudo bem, vamos respeitar o mau-gosto alheio. (só não me peçam pra participar)
assim, que ao me deparar com o buffet livre, já dei a primeira broxada.
mas fiquei eunuca quando a simpática mocinha - aquela que não sabe o que é polpetta - me apresentou a 'ilha de sushis'.
enfim...