quarta-feira, 15 de julho de 2009

mais um poema de amor

Tenho cultivado esse amor
De noite quando paro
De dia quando falo
(e também quando calo).

Não quero dividi-lo
Não porque fosse assustá-lo
Apenas porque é meu
E sendo assim
Prefiro guardá-lo.

Alimento o bichinho
Procuro em Bandeira a razão
Molhada em melancolia
Encontro em Pessoa vazão
Pro resto da fantasia.

Faço lindo meu amor
(bem mais do que seria)
É como um cactus:
Quando bem tratado
Amanhece em flor.

Um comentário:

Jasser disse...

Se Alvaro de Campos estivesse vivo
ele fugiria com o amigo do rei
praquela terra antiga
só pra ler esses versos lindos.

Parabéns.