quarta-feira, 30 de setembro de 2009

no relento

Buscando distração
Ando pela rua
Olhando pra cima
Ouvindo do topo das árvores
O canto do passarinho
Que surge como recado
De quem saiu do seu ninho.

Saiu o passarinho
Em seu vôo ligeiro e certo
Atrás de minhoquinhas
Que leva coladas ao bico
Até ficar satisfeito.

Mas um carro na rua
Desperta minha tensão
E lá se vai embora
Qualquer tentativa de distração.

Perdi a conta
De quantos vi passar
Azuis, amarelos, cor de baunilha.
Antes não os via
Também antes
Não sentia.

Saudade que é quarto escuro
É espreita de movimento
Espera de sons estranhos
É ficar no relento.

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